sábado, 20 de fevereiro de 2010




Acho que toda garota, já teve muitos diários, principalmente na adolescência, a época de paixonites rápidas, de amores platônicos, de amizades pra sempre - tá, eu ainda acredito no 'pra sempre', mas como não admito isso freqüentemente uso o por 'muito e muito tempo'.
Lendo aquelas palavras antigas, aquelas histórias passadas, um tempo vivido que se perdeu, eu percebi o quanto eu fui ingênua, o quanto fui boba, o quanto eu era boazinha, (aquelas boazinhas até demais, sabe?) o quanto eu confiava e acreditava no que as pessoas falavam, o quanto eu me iludia com promessas fáceis, o quanto eu errei, o quanto eu chorei, e o quanto eu cresci. A cada diário diferente eu percebi as mudanças que aconteceu, mudanças dos sentimentos, do jeito de pensar e até mesmo de levar a vida. Eu ri muito também, a gente lê cada coisa, e se pergunta: "Meu Deus, eu realmente fiz isso?", são tantos absurdos...
Mas apesar de tudo isso, eu não mudaria nada. Nada mesmo! Eu não me envergonho do meu passado e nem dos meus delírios românticos, bobos e ridículos. Eu não tentaria concertar nenhum erro cometido, não mudaria nenhuma frase que saiu da minha boca, nenhuma decisão, e nenhuma atitude. Se eu as mudasse, talvez eu não tivesse crescido, talvez eu não soubesse tudo o que eu sei, talvez eu não fosse como eu sou hoje.
E, sinceramente? Eu tenho um grande orgulho de ter quebrado a cara, de ter caído, mas levantado, de ser quem eu sou e no que eu me tornei. Ainda sou muito boba, chorona e impulsiva, ainda tenho muito que aprender, eu tenho o resto de uma vida ainda. Um dia eu vou ler este texto e me questionar porque eu o escrevi. Talvez eu até ria um pouco. A gente muda tanto. A nossa vida dá tantas voltas. E o que restará? São as memórias, e as palavras escritas, que serão lidas e relidas. E você vai dizer: “Meu Deus, como eu vivi, como eu cresci! Obrigada por permitir que tudo isso me acontecesse!”

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